E não estou a falar daquele talk-show em que se sugerem cinquenta e três coisas que se podem fazer dentro de uma arca congeladora
(para todos os Estocolmicenses com saudades de casa)
nem daquele concurso cujo prémio maior é um aquecedor. Não.
Feitas que estão as piadas imediatas sobre a friagem que por lá faz, o porquê de eu andar a ver televisão sueca.
Nunca vi nada de Ingmar Bergman. O único elo que tenho com o simpático pensionista sueco é Woody Allen, que o aponta como uma das principais referências, e sendo que eu gosto de Woody Allen e Woody Allen gosta de Bergman, eu devo gostar de Bergman. Algo me deve estar a escapar, mas parece-me ser assim que funcionam os silogismos. Decidi então ver alguma coisa do senhor. Ia eu ver o
Scener ur ett äktenskap(sueco)
quando soube que este filme nasceu na televisão sueca, numa série de seis episódios de cinquenta minutos, e só depois é que Bergman o lançou para o cinema depois de uma tarde com uma tesoura e um rolo de fita-cola. Eu tinha de começar por
aqui. Nesta edição da Criterion existe a série em todos os trezentos minutos do seu esplendor sueco, bem como os cento e sessenta e sete minutos do filme.
Para já ainda só me chegou um episódio
(através daquele meu amigo austríaco, o Dr. Emule)
mas quando chegarem os outros vai ser um festim de cinematografia sueca.
Fiquei a saber agora mesmo que
Fanny och Alexander também teve uma
versão televisiva antes de ir para a tela. Preparo já um telegrama ao meu amigo austríaco e carrego onde diz Pesquisa.
RC
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