lifelike monsters


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O crítico de arte do Guardian está esbracejando com as mãos no ar em revolta com a mais recente exposição de Ron Mueck. Mueck mudou-se para Edinburgh durante este mês para encher as salas das National Galleries enquanto as pessoas vão enchendo as ruas. Agosto é o mês do Edinburgh Fringe Festival, o maior festival de teatro e comédia de todo o mundo, onde nascem para a vida quase todas as pessoas que vamos todos amar daqui a uns anos.
O que Jonathan Jones não admite é que alguém possa, e já nem digo amar, mas sequer achar parcialmente giro o trabalho de Mueck. Mueck é um artista australiano que faz enormes esculturas hiperrealistas do corpo humano, mas de um corpo humano específico. Um corpo quase sempre feio, às vezes em situações extremas, ou em esforço ou resignação. Os corpos são sofridos, doem-nos também, enjoam-nos nos olhos mas temos de lhes voltar.
Quem gosta da obra de Mueck, diz Jones, devia sair à rua mais vezes. Devia ir ver exposições dos grandes mestres. Não devia vir atrás dos modelos de Mueck só pelo circo mediático que o persegue sempre.
E continua a esbracejar, e aos berros. Ron Mueck é um daqueles fenómenos que só vamos perceber mesmo quando olharmos para trás daqui a uns anos largos. Eu gosto dos modelos, porque me vejo a olhar para eles mais fundo e mais tempo. São arte? Não sei. Não ocupam o lugar de ninguém nem se substituem a nada. São mais uma maneira de falar, num outro tom de voz, e com outras palavras. Às tantas o coração que têm debaixo da resina vai bater-lhes durante pouco. RC

[Para uma dose de antiácido, o que outra pessoa mais bem disposta escreveu sobre a exposição.]


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Hoje


01|dezembro|2006

The many faces of robert webb.
Isso do ricardinho acabou.

(Rufus Wainwright | Rules and Regulations
> from Release the Stars)



A ler Frost de Thomas Bernhard e ouvir e a ver coisas que se fôssemos aqui a pô-las todas havíamos de chegar atrasados a sítios onde temos horas para chegar.

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