poema sobre a mesma coisa (in my leaf-collecting trip to bavaria)


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Este encontrei-o atrás de muito pó, transcrevi-o, traduzi-o, e digo-o agora.

Devo ter vivido muito tempo no cimo de uma montanha
sentado num monte de gelo
porque anteontem desci e doeram-me os pulmões
doeram-me de fole
tocaram-me na pele
fecharam-se outra vez
e voltaram a doer,
fechei os olhos à luz da neve e cheirei os pulmões cheios
parei-os
vazei-os
pensei cada diafragma e segurei-o na mão,
o corpo agora era-me todo
era-me cheio, e doía-me de calma,
doía-me de o sentir outra vez na ponta dos dedos
de o sentir outra vez sangue
de o sentir outra vez ar,
abri os olhos ao sol em volta
tinha-lhes força
tinha-lhes vida
e sorri-os
e sorri os pulmões cheios,
frios pelo ar que aprendi a viver sem como não sei,
mas que preciso.


(versão de RC, para ti)


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Hoje


01|dezembro|2006

The many faces of robert webb.
Isso do ricardinho acabou.

(Rufus Wainwright | Rules and Regulations
> from Release the Stars)



A ler Frost de Thomas Bernhard e ouvir e a ver coisas que se fôssemos aqui a pô-las todas havíamos de chegar atrasados a sítios onde temos horas para chegar.

Já se disse

O que se disse em

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