Já há muito tempo que não trago livros para aqui, não há tempo a verdade é que não há tempo para ler, sequer para ler, mas à custa de um trabalho regressei a um livro e relembrei-o tão bom que me pareceu bem dizer-vos para lerem.
RCNome:
As Cidades InvisíveisAutor: Italo Calvino
Formato: 166 páginas
Dimensões (em centímetros): 1,7 x 20,7 x 14,5
Data de publicação: Dezembro, 2003 (1ª ed., 1990)
Assuntos relacionados: Cidades, Pessoas
Descrição: Cidades e pessoas.
Tipos de letra: ?
Primeira frase do livro: Nada garante de Kublai Kan acredite em tudo o que diz Marco Polo ao descrever-lhe as cidades que visitou nas suas missões (...)
Última frase do livro: (...) tentar e saber reconhecer, no meio do inferno, quem e o que não é inferno, e fazê-lo viver, e dar-lhe lugar.
Dedicatória: Não
[Uma das cidades (p129):]
As cidades e os mortos. 4.
O que torna Árgia diferente das outras cidades é que em vez de ar tem terra. As ruas estão completamente cobertas de terra, as salas cheias de argila até ao tecto, sobre as escadas assenta outra escada em negativo, por cima dos telhados das casas pairam camadas de terreno rochoso como céus com nuvens. Se os habitantes poderão andar pela cidade alargando os cunículos dos vermes e as fendas em que se insinuam as raízes, não o sabemos: a humidade quebra e deixa-lhes poucas forças; convém que fiquem quietos e deitados, de tão escura que é.
De Árgia, cá de cima, não se vê nada; há quem diga: «É lá em baixo» e só nos resta acreditar; os lugares são desertos. De noite, encostando o ouvido ao chão, às vezes ouve-se bater uma porta.Nota: Relembrei-o melhor do que. Há idades para cada livro. Estou mais perto.
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