o que se passa é que a penguin edita-me uma colecção de livros que parece que são sobre grandes ideias e fá-los possivelmente os livros mais bonitos de todos os tempos
(espetem-me um chapo naturalmente se vos der impressão de que exagero)
e primeiro faz vinte e depois mais vinte e há que dizer que tudo começou em novembro de dois mil e seis quando eu estava no estrangeiro e a escrever uma historinha e de repente um livro destes me aparece nas mãos e com tanta força que a frase que lhe estava na capa acabou por me resolver o fim do conto quando eu não sabia o que lhe fazer nem como andar com ele para a frente
(disseste-me hume lembras-te meu sacana?)
e a verdade é que as ideias até podem ser muito boas e nota-se que é gente com cursos que está a escrever mas para já somos completamente fúteis e são as capas
(compram-se os livros por causa das capas e porque os dedos também lêem só que de olhos fechados)
possivelmente os livros mais bonitos de todos os tempos tenho ali uns quatro ou cinco e um dia dou-me conta que outra colecção de livros agora sobre grandes viagens sobre grandes larés da história da humanidade de preferência escritos por quem lá esteve e são todos tão bonitos também
(as capas de olhos fechados)
e hoje estou descansado a gastar dinheiro por outros lados quando me caem na vista mais uma colecção desta feita de grandes amores vinte livros sobre dor de corno ou então acasos de sorte e cada um mais bonito do que o outro e tanto
(os dedos)
que não houve jeito de sair de lá sem trazer o primeiro e o último eu digo o último mas da maneira que a penguin é a chupar o dinheiro às pessoas não me admirava nada que qualquer dia se lembrem doutra qualquer com capas tão boas ou superiores e aí sim vou viver para a rua mas numa casa feita de livros belíssimos
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