Patrick Marber é-me um brilhante argumentista desde o dia em que vi o
Closer no cinema pela primeira vez
(
Closer, argumento de Marber a partir da peça escrita por ele próprio).
Desde esse dia Marber é-me um escritor brilhante de economia de palavras, e de enganosa complicação em as escolher, e de conseguir sempre as melhores, as mais bonitas, e as mais eficazes.
Se quis ir ver
Diário de um Escândalo (
Notes on a Scandal, no mais desempoeirado original), foi porque era Marber a adaptar um livro de outra pessoa. Mas porque, fosse isso o que fosse, seria sempre Marber.
O filme está subtil e brilhantemente escrito, cada frase soa intocável, cada palavra pesa o que deve e o que Marber quer que ela pese. O fio do filme é irrepreensível. Depois junte-se-lhe uma Judi Dench perturbadora e uma lindíssima Cate Blanchett, e espalhe-se a música de Philip Glass. Recomenda-se sempre e mais que uma vez.
À vinda embora, se encontrarem a Ana Maria Nobre, responsável pela tradução, dê-se-lhe uma sova como ela nunca apanhou na vida.
RC
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