Primeira parte da história.
Quando acabei a última frase do
Everything is Illuminated(sem ponto final para não doer tanto ou se calhar para doer ainda mais)
deparei-me com o problema de precisar de escolher mais um livro para ler.
- E agora?
perguntei-me eu
- E agora que leio?
e decidi ir ver o que tenho para ali. A verdade é que tenho lombadas e lombadas que ainda não li, mas parei naquelas que
por desarrumação
contrariam a lógica e repousam horizontalmente entre o pó das estantes. São alguns dos livros que trouxe dos meus dias de Londres neste dezembro. Entre guiões para rádio e as últimas adições à minha colecção Douglas Adams, trouxe também dois livros de Robin Cooper.
Robin Cooper, para quem não sabe, não existe. É um
nom-de-plume do sublimemente genial Robert Popper, escrevinhador de uma das melhores e mais amalucadas séries sobre ciência, chamada
Look Around You(uma espécie de Universidade Aberta da maluqueira)
e o que Robin Cooper faz é escrever cartas dementes para várias pessoas barra instituições barra associações com sugestões, perguntas ou reclamações parvas. E às vezes recebe resposta. E contra-escreve. Podem vasculhar o mundo de Robin Cooper
aqui, lendo por exemplo a correspondência que ele trocou com o
Rei da Bélgica ou então o seu
top ten (10) things about Britain.
Para já, há dois livros cá fora.
Segunda parte da história.
Nunca gostei de autógrafos. Sempre me pareceu imbecil ter um bocado de papel rabiscado seja por quem for, e todo o processo de passar horas em filas para o obter também nunca fez sentido para mim. No entanto, estava eu na Borders de Charing Cross Rd e deparei-me com os livros de Robin Cooper com um autocolante, roxo, que dizia
SIGNED COPY
e é verdade que quando abri o livro lá estava, rabiscado pela caneta do Popper, isto
e eu não consegui sair de lá sem este livro. Chama-se aldrabice se eu agora disser que o vi a riscar isto.
RC
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