Isto é o que em certos círculos do estrangeiro se chama de bloody-clever-titlemaking, porque duma assentada aviei logo duas verdades sobre livralhada,
a que afinal não foi ontem que se anunciou o Nobel da Literatura deste ano
(quinta feira doze de outubro pelas onze da manhã gêémetê
meio-dia de cá parece-me)
e que Lobo Antunes, pessoa que admiro com bastante força, lança este mês mais um livro, chamado
Ontem não te vi em Babilónia
e a propósito disso,
Jerusalém, Jerusalém, vou-me impregnando de ti. De início não gostei da monotonia da pedra das casas, do vento de giz, da aspereza indiferente das montanhas. Depois isto vai entrando na gente sem nos darmos conta. Se calhar a minha avó, viúva, andou por aqui numa dessas excursões de senhoras de idade à cata de um Deus de catecismo, paroquial e estreito, que não me pertencia (...)
[da crónica da Visão de 10 de março de 2005.]
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