De vez em quando para me ser mais fácil transvestes-te de pessoa normal
:
tiras os olhos de sacar gente das sombras, trocas o sangue por tinta de escrever, enrolas os braços nos bolsos e desmontas-te, fechas a voz em envelopes,
e logo me relembras pequeno e diminuis-me, isolas-me numa caixa fora de ti e deixas-me empoeirar,
e durante uns minutos chego a não te suportar, canso-me de ti, corres-me irritações nas veias, emerdas-me,
e vejo que estou afinal a enervar-me contigo, sempre com as coisas de ti, todos os dias de ti, e logo te olhos que te despes outra vez grande, eternamente mais, e meta-pessoa de ti.
RC
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