Pessoal, vocês não estão concentrados a estudar. | p é invertível, ou seja, o que é que significa dizer que p é invertível?, significa que o determinante de p é diferente de zero. | Portanto, nós temos de partir deste valor e chegar ao mesmo valor que eles chegaram... porque senão...
Ó Joana, que é que foi isso, Joana?
Ainda te vazo uma vista. | O Ricardo é o meu pisa-papéis do momento. | Sei, não sei, sei, não sei, não sei, sei, sei, não sei, sei, não sei, sei, sei, sei.
A Joana tem uns problemas graves.
A Joana tem é uma cadelinha muito bonita.
Uma cadela?, é mas é um bicho raivoso. Grrrr.
Não abonou nada a teu favor, isso. Não sei que bicho é esse, mas pronto. Deve ser um bicho daqueles que há lá para Vila Real, daqueles que dizem que vão ao péum.
Pelo menos não dizemos que vamos ao paum.
Também não comes fiombre?
Fogo. Fiambre. Perna extra.
(...) Nós dizemos que vamos ao caumpo, vou ao caumpo do puorto. Nós dizemos caumpo. Tu dizes cãmpo.
Não digo cãmpo. | Ele parece o Wally porque está sempre a dizer 'eu Wally e já venho'. | É só arranjar um O e metê-lo na sala de contabilidade. | O Gadget não tem super-engenhocas?
Ele anda na FEUP. | Ainda por cima é aldrabona. | Eu já tive nega a moral. | Sabes que eu hoje estava na casa de banho, naquela faculdade feia, e eu estava lá dentro e ouvia chamar cá fora 'ó Joana, caíste à sanita?', e eram estes os dois. | E depois já não quero ficar com mais provas de demência. Nunca ficaste preocupado com as coisas que tu dizes? Eu já fiquei. | São cinco da manh--, não, agora a versão séria, séri--, minimamente séria, em que a gente está São cinco da manhã e eu ainda não dormi nada. | A gente, tipo, a olhar para um lado e a cantar para o outro. | Ehpá, esta música, com os vidros abertos, é o puro cenário. Eu sei que depois, é assim, passando a barreira de Ermesinde és azeiteiro, mas em Ermesinde, a sério, és o maior. | Olha ele. Já não falava contigo desde o último dia. | Ele está em horários compreensíveis na net.
Eu ontem também estive em horários compreensíveis na net.
Mas ele esteve em horários compreensíveis fora de casa.
Fui para éle xis. | Sabes que o estado de espírito do Ricardo mudou muito desde que tu foste. | Porque é que estás a fazer isso ao telemóvel?
Somente apetece-me. | Para achar a matriz companheira.
Matriz companheira?, e é boa? | Vocês têm um amigo chamado Né? | Também, em cinco minutos, mais vale não fazer nada. Está bem, mas cinco minutos... tinha de ser um herói. | 9 menos 21?
Hmmm, -12.
(Então...), se 10 menos 21 dá -11, mais 1... | Uma lição que eu dou ao mundo: não se confia em freiras, elas escondem o cabelo. | A ante após até com conforme consoante contra de desde durante em excepto mediante para perante por salvo sem sob sobre trás atrás de. | Tu não tens o privilégio de ter uma mãe professora, porque senão ias no meio da rua e 'ó sôtora, tá boa?', e depois vêm assim muito putos à volta e tu 'oh que caraças', ohpá já me envergonharam muitas vezes os putos, 'ó professora, o teste vai ser difícil?'. | Pergunta ao melhor treinador do mundo qual é o resultado mais perigoso, e ele vai-te dizer 'é aquele em que nós estamos a ganhar por dois golos'. Sabes porquê? Porque tu sofres o primeiro golo, a outra equipa galvaniza e a tua vai abaixo. | 5-4, Tó Neves. | O Mourinho é só para contrariar, ele fez de propósito. | Ó moço... vais dizer piadas quando?, quando tiveres 30 anos as pessoas olham para ti, aí é que as pessoas olham mesmo com ar de reprovação, tens de dizer enquanto tens essa idade, já reparaste? | Louis Vuitton é uma marca de malas, sapatos, e roupa. | A cozinha ficou neste estado, basicamente. | Tu não estás a gravar o sofá, pois não? | Não tens uma colher credível de gelados? | É ela a lembrar-se como é que morreu. | A cadela meteu-se debaixo da mesa.
Foi comer a submesa.
(palmas)
Hein? hein? vês? o João agora reconheceu excelência.
O que é que o Paulo disse?
Não ouvi, mas era má. |
Não estás a gravar, pois não? RC



Não há nada mais deprimente no carnaval português do que putos vestidos de superhomem e depois com um kispinho por causa do frio. RC



Eu sou alguém que já fez a pé e debaixo daquela chuva fria de Londres a Charing Cross Road
(desde Leicester Square até bem para lá do Palace Theatre)
para não gastar alguns pence a mais em alguns livros, subi e desci a rua
(subir e descer ruas em Londres é bem mais fácil do que no Porto, o que já faz daquela cidade uma cidade mais amiga dos joelhos),
atravessei Picadilly Circus para ir à Waterstones
(a maior livraria do mundo)
para chegar à conclusão que não me entendo naquela livraria e voltar à mais pequena Borders de Charing Cross
(vai-se duas vezes à civilização e uma livraria com só três andares já é aconchegante)
debaixo daquela chuva fria e por entre algumas arcadas, passei à porta das Belas Artes com o gorro que trouxe da Zambujeira, para cima e para baixo a contornar Trafalgar Square, a atravessar a rua só depois do chão me dizer para onde olhar, para não gastar algumas pounds a mais em alguns dvd's,
(e no bolso um papel com os preços se eu mandasse vir pela Amazon)
atravessei Leicester Square até à porta da HMV, entrei, saí, antes da onze da noite ainda voltei a entrar, meti-me no underground para ir à Virgin de Oxford Street
(e enquanto a escada rolante nos sobe olha-se e vêem-se cd's a toda a volta)
fiz o passeio de Oxford Street até à outra HMV, fiz o passeio a contornar pessoas com cartazes no cimo de paus
- Do you want boots? talk to me if you do
- A week in Spain just £100 talk to me to know how
e a contornar famílias, tudo para não gastar mais,
e ontem vi um carro e hoje já é meu. RC





- Ah e olha
diz-me uma menina
- ouvi a música que tu recomendaste no teu blog e gostei
diz-me uma menina sobre a Guantanamo que Neil Hannon resolveu dar de prenda aos pobres
(- Try them or let them go! grita ele sob a forma de música nova)
e por isso resolvi recomendar mais uma e assim correr o risco de esta já não
- Esta já não
diz a mesma menina
- Esta já não gostei
esta música é de uma banda de Glasgow que conheci através do MySpace, e perguntam-me vocês
- Isso funciona como?
e eu respondo que É uma espécie de aifaive, e como sou (oficialmente) amigo de Neil Hannon e de Ben Folds, outras bandas que têm uma sonoridade parecida aproveitam para adicionar pessoas como eu e rezar a todos os santinhos para que eu goste também do que eles fazem
esta banda chama-se Yellow Bentines, e tem uma música que dá cabo de mim, aqui, chamada Pay Cheque. Enjoy. RC



Cheguei a casa para descobrir que Neil Hannon
(musicien extraordinaire e amigo das pessoas)
resolveu pegar numa faixa que gravou mas que acha que não iria funcionar ao lado das outras do CD
(para quando? é a pergunta)
e em vez de a atirar para um lado B qualquer, resolveu dá-la de prenda à comunidade MySpace. Chama-se Guantanamo, é deliciosamente épica
(quase como uma nova Charge)
, e está aqui para ouvir. RC



Chegou hoje ao fim a série de 12 podcasts que Ricky Gervais e Stephen Merchant decidiram dar ao mundo de prenda. O que se segue, meus amigos, é a pagar. Já a partir de amanhã a oito. Mais informações aqui. RC



Fui hoje à FNAC comprar mais Lobo Antunes
(e mais sobre isso quando eu me atrever a pegar nele)
e encontrei um livro que não estava à espera de encontrar e que, talvez, nem devesse ter encontrado
porque estou ainda a ganhar coragem para me desligar dele e lá volta ele
Jonathan Safran Foer, autor do último livro que li, editou
na colecção de setenta pequenos livrinhos que a Penguin resolveu lançar só porque fez setenta anos
um livro chamado The Unabrigded Pocketbook of Lightning.
Só as poucas linhas com que o livro abre, que explicam o porquê deste título, já valem pelo livro todo,
- There is no greater feeling than inspiring someone
diz ele, e é verdade. Depois de uma short story, chamada A Primer for the Punctuation of Heart Disease, vêm ainda os três primeiros capítulos do segundo livro do rapaz, que como ainda não saiu em paperback ainda não mandei vir
para quem aguentar hardcovers chama-se Extremely Loud and Incredibily Close. Quanto ao pequenito Pocketbook, aqui fica uma sugestão de um livro para quem não tem tempo, e para quem não tem dinheiro também,
trezentos escudos vejam bem. RC



Não sei se é verdade, mas consta que há uma lenda que diz que todas as lendas começam por Não sei se é verdade, mas consta que. RC





O terceiro livro de crónicas é o próximo dinheiro que vou gastar. RC



E disse
- Oh!
como quem diz
- Olha quem ele é!
e não disse mais nada. RC



Estou maldisposto.
Convenci os meus pais e fomos ver carros. Perguntam-me vocês
- Mas então
e eu interrompo para dizer que Não e que Mas se tudo correr bem há-de ser lá para março, e por isso fomos ver carros. Quando parámos na circunvalação
(do lado direito de quem desce)
em frente ao meu carro, e um segurança em vez de um vendedor dizia que
- Hoje não meus amigos
restou-me andar por ali a ver carros do lado de lá do arame. E cheguei há conclusão que não tenho dinheiro para ele
(boa)
e vocês
- Compra um usado então
e eu Pois era mesmo para um desses
e vocês
-
(silêncio)
por isso estou maldisposto.
Comprei hoje, pela primeira vez na vida, uma revista de carros. Ainda não lhe peguei. Há carros por aí incrivelmente baratos, só que parece-me que para ele começar a trabalhar temos de lá ir nós com um pequenito isqueiro
(queres melhor compras o pacote conforto)
e por isso quero lançar daqui um peditório a nível nacional,
Vamos-Juntar-O-Dinheiro-Que-Me-Falta-Para-Uma-Viatura
vai estar escrito nos crachats que algumas senhoras de idade vão ter nas lapelas e qualquer contribuição será benvinda. Entretanto,
(estou maldisposto)
qualquer outra sugestão será também benvinda. RC





Já falei das meninas da série no outro post, e às de que não falei mando daqui um beijinho muito grande
(se bem que em termos de apreciar já falei das que aprecio mais)
e por isso quero só falar de dois dos rapazes porque se impõe. Um deles
(o do pacote de gomas desaparecido)
(do lado direito)
chama-se, como eu já disse, Stephen Mangan e já leva uns anos disto, apesar de nunca lhe ter dado atenção. Afinal, já o vi há uns anos na adaptação que a BBC fez dos cappuccino years da saga de Adrian Mole
(ponham-lhe uns óculos grossos e pronto argh Adrian Mole)
mas só agora reparei nele. O personagem dele, o anestesista Dr. Guy Secretan
(Guy de Guillaume hein? atenção! que o rapaz é meio suíço)
entra naquela galeria de personagens que no fundo são umas grandes bestas mas de quem não é possível não gostar, e essas são as melhores.
Se por um lado a Dr. Caroline Todd
(a Tamsin, um beijinho para ela)
chegou a enfiar a língua na garganta do Guy mesmo à porta de casa, a verdade é que também a enfiou na do Dr. Macartney
(do lado esquerdo).
Este miúdo já conhecia. Chama-se Julian Rhind-Tutt, leva também uns anos disto, com pequenas participações em coisas como um episódio do Absolutely Fabulous e outro do Black Books, e eu tenho de ser sincero
este gajo mete-me medo.
Cheio de estilo, é verdade, mas mete-me medo.
Depois de oito horas de Green Wing (vou logo ver o último episódio) já consigo suportar olhar para ele, mas
(...)
medo. RC

Pêésse, agora vem aí alguém dizer-me que
- Não
e que
- O miúdo é giro e tal.

Pêésse dois, O Green Wing volta para uma segunda série lá para o fim de março,
rejubilemos
rejubilemos.



Só ontem é que cheguei a uma série que se propôs estraçalhar com todas as normas da comédia inglesa
(em termos formais, vá)
e tudo por causa das promoções da SIC Comédia, que já passou esta série há uns meses valentes, e que fez para a série umas promos tão más que qualquer vontade que existisse de
ok
experimentar, desapareceu logo.
Chama-se GREEN WING.



- Ah pois eu já vi isso
dizem vocês e eu acredito que sim, mas só ontem é que pude mergulhar
(e foi logo de cabeça, porque vi três episódios ontem, e são logo três horas da minha vida)
nesta série. Criada por uma senhora (Victoria Pile), esta série acabou, primeiro, com a norma de que as sitcoms têm de ser servidas em fatias de meia-hora. Ao longo de nove episódios de uma hora, esta malta medico-cirúrgica usa as alas do hospital para explorar mundos de comédia da mesma maneira que as novelas da TVI usam todas planos aéreos da Ponte 25 de Abril. Esteticamente, há muita footage em slow motion e em fast-whatever-is-the-opposite-term, mas esquecendo estes truquezinhos, temos valentes nacos de poesia comédica.
Sarah Alexander (gira), Tamsin Greig (igualmente gira ou possivelmente ainda mais porque é daquele tipo de gira que a princípio ninguém desconfia), mais uma série de miúdos (incluindo Stephen Mangan, ali na foto com cara de quem tinha um pacote de gomas e agora já não tem), compõem
(hein? que tal? o verbo compor)
o elenco, com mais alguns pequenos gozos como Olivia Colman e Oliver Chris pelo meio. Vou agora ver mais um episódio, e entretanto vou ver se me decido se o Julian Rhind-Tutt
(esse aí da foto que está a olhar para a Tamsin)
me mete mesmo medo.
(Arrepio). RC



Mas eu não fui. RC



Já muito tempo sem escrever nada porque há dias em que não apetece escrever quando podemos sair pela porta e ir viver
(- Quê?
perguntam vocês,
- Mas ele passou-se ou o quê?)
e Não, digo eu, A verdade é que não me passei
mas como disse não vou escrever sobre isso. Entretanto amanhã recomeçam
(nããããoooooooooo...)
as aulas mas uma série de coisas bonitas destes dias, muita música que chegou e neil hannon passa os dias em frente a um pc nem parece um artista com responsabilidades e com um disco para acabar. RC



Ando desde ontem à procura de um sinónimo decente para pechincha, porque é isso que eu chamo às duas compras que fiz ontem de manhã na FNAC.

Do lado direito, uma série que conheço da rádio, onde teve dezassete episódios de escrita imaculada, e já estava há muito tempo para espreitar a sua versão televisiva. Basicamente, os textos que John Morton escreveu para a rádio são recuperados e a eles junta-se a imagem. PEOPLE LIKE US é Roy Mallard, um jornalista da rádio (e agora da televisão) que dedica cada episódio a descobrir mais sobre uma determinada profissão, para chegar ao fim e perceber que, seja o que for que as pessoas façam, são gente como nós. Quero ver como é que uma série que é essencialmente texto (só) consegue não perder força quando é imagem também,
e,
do lado esquerdo, uma edição inglesa,
(a de cima têm legendas em português, se bem que nos cinco minutos que vi do primeiro episódio, já vi uma piada mal traduzida,
esta tem só legendas para os ingleses duros de ouvido)
que estava ali mesmo à porta da FNAC a olhar para mim e a menos de metade do preço normal. As três séries de FATHER TED, de que já falei há uns posts atrás, que são treze horas de deliciosa escrita e um Ardal o'Hanlon antes das meias de lycra, valem cada um dos trinta euros que custaram. Quando vim embora só lá tinha ficado mais uma caixa. RC


Hoje


01|dezembro|2006

The many faces of robert webb.
Isso do ricardinho acabou.

(Rufus Wainwright | Rules and Regulations
> from Release the Stars)



A ler Frost de Thomas Bernhard e ouvir e a ver coisas que se fôssemos aqui a pô-las todas havíamos de chegar atrasados a sítios onde temos horas para chegar.

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